Páginas

quinta-feira, 1 de abril de 2010

30 mil caixas de medicamentos falsificados são apreendidas

Remédios falsificados invadiram as pequenas farmácias e drogarias. A polícia afirma que os criminosos estão cada vez mais sofisticados, produzindo embalagens que enganam o consumidor. Como se proteger na hora de comprar os medicamentos?

Existem algumas indicações, na própria caixa do medicamento, que podem deixar o consumidor mais tranquilo. Na quarta-feira (31), um laboratório farmacêutico clandestino e distribuidoras irregulares foram fechados em operações da Polícia Federal em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Para se proteger desse perigo, o repórter Walace Lara mostra quais são as recomendações.

A polícia encontrou o medicamento em três distribuidoras, que ficam em São Paulo, Osasco e Vinhedo, interior do estado, onde também existia um laboratório de produção. Desde 2007, o Varicell foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), trinta mil caixas foram apreendidas. O dono da empresa e uma farmacêutica foram presos.

“O que mais nos interessa é; se este medicamento foi proibido pela Anvisa, por que está sendo colocado à venda e também divulgado amplamente em sites?”, questiona o delegado Sérgio Nórsia.

Em uma indústria clandestina em Pelotas, no sul gaúcho, outras três pessoas foram presas. Segundo a Polícia Federal, elas fabricavam remédios a base de plantas sem registro e sem autorização da Anvisa.

Só no ano passado, quando intensificou as operações, a agência fechou 213 locais que tinham medicamentos irregulares. Foram apreendidas 313 toneladas de remédios.

Antigamente os medicamentos falsos e irregulares eram encontrados apenas nas feiras livres e nas bancas de camelôs. Mas de acordo com o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, hoje, quem falsifica está cada vez mais perto do consumidor. Remédios que prejudicam a saúde podem ser encontrados até em pequenas farmácias e drogarias.

A gerente de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo diz que o consumidor deve tomar alguns cuidados na hora de comprar um remédio. A embalagem tem que estar íntegra. Nela há um selo que, quando raspado com um metal, apresenta diferenças se o medicamento for falso.

“No momento da raspagem do selo, se o medicamento for falso, ele não vai reagir. Ou aparece sem as especificações de qualidade e a marca da empresa, às vezes aparecem números”, explica a gerente de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo Paula Signorini Pessoa.

Além disso, o consumidor deve checar o número do lote impresso na caixa e na cartela de comprimidos.

"O número do lote contido na embalagem externa é o mesmo que deve estar contido na embalagem interna, que é a que está em contato direto com o comprimido. Se não estiver é irregular”, ensina Paula Signorini Pessoa.

Um hábito que pouca gente cultiva. A dona de casa Alessandra Mônaco admite: olha apenas a data de validade.“Como eu estou acostumada e compro há muito tempo na mesma farmácia, nunca tive problema”.

No caso de medicamentos líquidos, é importante conferir se o número do lote confere com o número no rótulo ou no próprio frasco. No ano passado, 203 pessoas foram presas por envolvimento com a fabricação ou distribuição de medicamentos falsos ou irregulares.
Um número quatro vezes maior do que em 2008.




FONTE: JORNAL BOM DIA BRASIL

Artigos Relacionados

0 comentários:

Postar um comentário